A gente coloca a culpa na falta de tempo mas quando a gente tem tempo a gente continua arrumando justificativas para não parar! Será medo de ficar sozinho consigo mesmo? Mas como seria experimentar parar?
Faça uma pausa por um período de tempo. Fique só, quieto, em silêncio total. Então respire profundamente 3 vezes e relaxe completamente seu corpo.
Desligue-se um pouco do mundo externo, da televisão e do celular. Fique um pouco na sua própria companhia, apenas consigo mesmo. Uma dica é prestar atenção na sua respiração enquanto ela fui naturalmente. E perceba o que acontece.
Conecte-se com o espaço que existe entre a entrada e saída do ar. E fique um pouquinho nesse espaço. Sinta o silêncio, seja parte dele.
Preste atenção no fluxo de pensamentos. Tem uma frase de Platão que diz: “Pensar é o diálogo da alma consigo mesma”.
Observe o movimento das ideias indo e vindo!
Aos poucos você vai percebendo e sentindo a sua relação consigo mesmo ficando mais próxima e melhor, mais suave e mais confortável.
É como se você ficasse mais íntimo de você mesmo! É nesse silêncio que nossa mente descansa e conseguimos dar espaço para nosso lado criativo, intuitivo se manifestar.
Aos poucos você sente um bem estar interno e permite que alguns sonhos deem sinais e lampejos de motivação. Como se sua fonte estivesse dormindo e nesse silêncio ela começasse a despertar.
No momento que vivemos hoje, o nosso nosso mundo interno pode até adoecer.
Crise, pandemia, pressão, incertezas, um mar de informação e noticias ruins: se você não aprender a priorizar seu o tempo e o espaço necessários para que que seu próprio sonho possa ser formulado, poderá passar a maior parte de sua vida vivendo em função de outras pessoas a tornarem os sonhos delas em realidade.
É preciso abrir um espaço no seu dia, na sua alma, para estar sozinho consigo mesmo, sem medo, e sonhar. Mesmo porque, o sonho não acontece no corre-corre do dia a dia!
A PNL nos ensina a sonhar a acreditar nos recados da intuição e realizar o que realmente queremos.
Especialistas da área comportamental afirmam que todas as respostas que precisamos para resolver qualquer tipo de problema já estão dentro de nós.
O que torna o problema maior do que realmente ele é, é a nossa dificuldade de estar com a gente mesmo, de examinar nossa consciência e passar um bom tempo sozinho, em silêncio, repousando dentro de um quarto e refletindo.
Sair do automático e ouvir a nossa voz de sabedoria.
Já percebeu que as vezes as melhores ideias vem quando a gente está no chuveiro?
E aí eu te pergunto: Em que outra hora do dia você está sozinho consigo mesmo? Em que momento você se permite relaxar e ficar com você mesmo na sua intimidade, sem qualquer outra distração? Muitas vezes a resposta será nunca!
É nesse momento só nosso onde não estamos com atenção em cuidar das demandas externas, sem celular, sem televisão, sem trânsito, família, nada para distrair nossa mente e roubar nosso foco de atenção é que nos conectamos com nosso mundo interno e passamos a ouvir nossa voz intuitiva.
Mas por que será que tantas pessoas têm medo de ficar sozinhas?
Porque na realidade elas não se conhecem e ficar sozinha significa estar na companhia de um desconhecido.
E assim passam uma vida inteira evitando esse encontro e em alguns casos fazem uso de algum tipo de drogas como álcool, remédios, trabalho em excesso para se anestesiarem de sua própria companhia. Ficam aguardando que algo lá fora aconteça e que venha a motivá-las.
Daí vem a frustração, porque o que existe é automotivação, algo que vem de dentro de nós. Aprender a se fazer companhia, estar só consigo mesmo, dá vazão a novas ideias, mesmo que no inicio isso seja sofrível, com o tempo a gente aprende a criar essa conexão.
Luíza Lopes é Diretora do INDESP.