Você sabe valorizar a vida?

padrao

Dizem que quando você nasce recebe do Criador um presente: um cartão de crédito com um determinado número de respirações para investir nesse intervalo de tempo chamado vida. Mas você sabe como usar esse cartão? Você sabe valorizar a sua vida?

Sim, valorizar a vida. Porque nós não sabemos quanto temos de crédito e nem quando eles vão acabar.

A única coisa que sabemos é que a prova de que estamos vivos está ligada ao fato de respirarmos. Respirar é a primeira e a última coisa que fazemos nesta vida. 

Sinta então esse relógio biológico pulsando ai no seu peito.

Experiente respirar profundamente, segurar um pouco o ar e depois soltar.

Preste atenção nessa respiração que você acaba de usar: ela já foi, ou seja, esse crédito você já gastou. Essa não volta nunca mais. Por isso, devemos aprender a valorizar a vida que a gente tem. O nosso viver. 

Nosso corpo físico é uma maravilhosa máquina rica de recursos. 

Você pode estar parado, andando, deitado, em pé, correndo, alegre ou não e cada parte do seu corpo está procurando dar o melhor de si para que você esteja bem e feliz. 

Você não precisa acordar a noite e dar corda em seu coração para que ele possa funcionar. Nem avisar aos seus pulmões da próxima respiração pois, se você tiver créditos, ela vem. A máquina dá conta do recado. 

Por outro lado, quando fazemos uso de alimentos contaminados ou não adequados, nosso corpo físico aciona imediatamente o alarme. 

Ele reage através de sinais precisos, provocando intoxicação ou mal estar com a finalidade de nos avisar para que tomemos as devidas providências. 

Pouquíssima gente morre de intoxicação alimentar graças a essa sabedoria do corpo físico. 

Porém, muitas pessoas não são cuidadosas com o corpo mental. 

Elas se alimentam de pensamentos tóxicos e prejudiciais, deixam a mente sobrecarregada de alimentos estragados,  perdem a alegria de viver e sentem se infelizes. 

Um grande número delas sofre de depressão por não prestarem atenção ao alimento mental que digerem inconscientemente. Esse alimento faz tão ou mais mal do que aquele que digerimos normalmente em nossas refeições sem qualidade. 

Quando se trata da saúde mental, somos nós os únicos responsáveis pelo controle desses pensamentos. Nós  temos o poder de escolha.  

Carregando com pensamentos, palavras e crenças o nosso cérebro, nós interferimos diretamente no nosso corpo, fortalecendo ou enfraquecendo todo o organismo. 

A boa notícia é que o cérebro é programável e nós podemos aprender a selecionar melhor os alimentos mentais.

Segundo pesquisas, nós temos por dia uma média de 60 mil pensamentos. 

Você já pensou sobre o que você pensa? 

Onde está a sua atenção agora? 

Perceba este pensamento: ele é saudável ou não? Ele te nutre ou destrói? Se você quiser você pode começar a perceber com cuidado o fluxo de pensamentos e com isso ter controle, gerenciar e cuidar da sua estrutura mental e emocional.

Fico observando as pessoas quando vão ao supermercado. A maioria é extremamente cuidadosa na hora de comprar alimentos. Sempre está verificando o selinho de data de validade antes de colocar a compra no carrinho. 

Por que somos tão exigentes nesta hora? Certamente porque não queremos levar para casa nada que possa comprometer a nossa saúde. 

Fico pensando: se tivéssemos o mesmo cuidado com o nosso corpo mental, nós selecionaríamos melhor o que trazemos para nossa casa interna. 

Se passássemos a verificar cuidadosamente os alimentos mentais, nossos pensamentos, palavras e crenças, poderíamos rejeitar as coisas que não contribuem para nossa saúde e felicidade. 

A Programação Neurolingüística, PNL, nos ensina a lidar com a sobrecarga mental, responsável pela fraqueza interna que gera inquietude, enxaquecas e estresse. 

Com a PNL, aprendemos a acessar recursos internos necessários e mudar nossa postura diante das situações da vida. 

Tomar uma respiração profunda, segurar um pouco o ar e trazer sua atenção para dentro, ampliar a sua visão periférica olhando para o céu, modificar a sua fisiologia quando essa estiver desvitalizada, além de cantar, assoviar, rir: tudo isso renova a química do corpo, modifica os padrões de pensamentos e permite que você recarregue sua bateria interna. 

Vamos valorizar a vida? Respire profundamente e aproveite mais um crédito. 

Quantos ainda você tem? Seja como for, curta-os intensamente. Eu vou procurar fazer o mesmo. 

 

Luíza Lopes, Palestrante e Diretora do INDESP.