Por que algumas pessoas se mantêm presas em determinado relacionamento, mesmo estando profundamente infelizes?
O nome dessa doença é dependência emocional. Dominada pelo medo, a pessoa se anula tanto que não se acha mais capaz de andar com as próprias pernas e se anula. Perde a identidade. Mas como fugir essa prisão?
Muitas vezes, a dependência emocional tem sua raiz na infância.
O bebê que não se sentiu querido e valorizado pode desenvolver um pobre autoconceito. Assim cria-se a relação de submissão ao outro, como estratégia para evitar o abandono.
Quando adulto, esse prisioneiro emocional vive a relação amorosa com apego obsessivo, no lugar de uma troca de afeto saudável.
E o que é um amor saudável?
Companheirismo, tolerância, respeito às diferenças individuais e confiança mútua são ingredientes de uma relação em que há construção e não destruição.
Mas, infelizmente, tanto a mulher quanto o homem podem construir uma prisão emocional em relação ao outro. E os sintomas são os mesmos.
Em geral, cria-se uma relação com exagerada necessidade de aprovação. Outra atitude é a omissão de opinião para evitar conflitos. Discordar então? Nem pensar!
É natural que sejamos em alguns momentos dependentes, e em outros nem tanto.
Em muitos casos, porém, somente a ideia de ficar só com os próprios pensamentos apavora.
Mas criar um equilíbrio entre autonomia e dependência é fundamental. Além disso, é importante entender que momentos de solidão são importantes e saudáveis. É inevitável fugirmos do encontro com nós mesmos.
O exterior é reflexo do que acontece dentro de cada pessoa.
Salve-se enquanto há tempo e comece por gostar mais de você. Sem essa atitude, você não se libertará da sua prisão emocional e então continuará mendigando atenção e amor.
A PNL nos ensina a desenvolver a autopercepção e a fazemos mudanças favoráveis na nossa estrutura mental e emocional.
Assim, tornamos possível aflorarem atitudes adequadas na construção de um viver melhor.
Luíza Lopes é Diretora do INDESP.