Nós somos uma sociedade que busca alcançar o prazer e evitar a dor. Esperamos que, fazendo isso, nós nos sintamos felizes.
A questão é que existe uma grande diferença entre felicidade e prazer.
Felicidade e alegria profundas e duradouras são o resultado natural de operar a partir dos valores espirituais de cuidado, compaixão, bondade e integridade.
Já o prazer é um sentimento momentâneo que vem de algo externo – uma boa refeição, nosso estoque subindo, fazendo amor e assim por diante.
O prazer tem a ver com as experiências positivas dos nossos sentidos e com as coisas boas acontecendo.
Experiências prazerosas podem nos dar sentimentos momentâneos de felicidade.
Mas essa felicidade não dura muito porque depende de eventos e experiências externas.
Assim, temos que continuar tendo boas experiências: mais comida, mais festas ou álcool, mais dinheiro, mais sexo, mais coisas, para sentir prazer.
Como resultado, muitas pessoas se viciam nessas experiências externas, precisando cada vez mais de um sentimento de alegria de curta duração.
Além disso, nossa intenção de buscar segurança e prazer por meio do controle dos outros, dos resultados e de nossos próprios sentimentos, cria um vazio em nosso interior.
Infelizmente não é fácil abandonar essa profunda devoção ao controle e tornar-se dedicado ao amor e à compaixão por si mesmo e pelo outro.
Aliás, a maioria das pessoas precisa de muito apoio para fazer essa mudança. Nosso ego ferido tem praticado o controle desde que éramos muito pequenos. E abandonamos a nós mesmos quando tentamos controlar nossos sentimentos em vez de sermos gentis e compassivos.
Felicidade e prazer, definitivamente, não são a mesma coisa. Mas à medida que amadurecemos, aprendemos a mudar nossa forma de viver.
Quando escolhemos priorizar o autoconhecimento, aprendemos a mergulhar no nosso mundo interno!
Felicidade é uma escolha. Conheça o que te faz feliz e crie espaço para viver uma vida que vale.
Luíza Lopes é Diretora do INDESP.