O Mapa não é território: de onde vem e o que quer dizer essa frase, usada por Richard Bandler e John Grinder como um princípio fundador da PNL?
Mapa não é território vem da Teoria da Semântica Geral, criada pelo matemático e filósofo Polonês Alfred Korzybski.
Ela significa que cada pessoa tem uma forma de pensar, um “mapa” mental, que é diferente da realidade propriamente dita do mundo, do “território.
Existe diferença entre a bula e o remédio. Ou entre o cardápio e a refeição.
E existe diferença também entre o mapa e o território. Mesmo assim, interpretamos tudo através de nosso mapa mental e quase nunca duvidamos da precisão dele. Inclusive depois que sabemos que ele existe.
Normalmente nós acreditamos que vemos as coisas como elas são.
Porém, apenas descrevemos as percepções que formam a nossa realidade subjetiva individual e, no máximo, uma pequena parte ou característica particular do território.
Ainda assim, quando os outros discordam do que vemos, concluímos então que eles é que estão sendo irracionais ou estranhos.
Mas cada um vive a realidade do seu mapa e toma decisões com base nele.
Até Irmãos que cresceram juntos têm mapas mentais distintos, que resultam em seres humanos únicos.
Nosso mapa começa a ser construído na vida uterina.
E vai tomando forma a partir da realidade subjetiva que vemos com nosso próprio conjunto de lentes e percepções.
Portanto, não é o que sabemos que forma nossas opiniões, mas o que achamos que sabemos.
Normalmente as pessoas falham na comunicação porque não consideram o mapa do outro.
Além disso, elas nos percebem como pensam que somos. Consequentemente, lidam conosco de acordo com essa projeção, que pode ser positiva ou negativa.
Uma boa notícia é que podemos revisar o nosso mapa!
Um mapa limitado afeta nossos pensamentos e ações. Mas ele pode ser aprimorado a partir de novas experiências e tornar-se mais próximo da grande, complexa e única realidade objetiva do mundo.
Luíza Lopes é Diretora do INDESP.