As feridas da infância e as nossas escolhas na vida adulta.

padrao

Sabia que as feridas da infância ainda podem estar determinando suas escolhas da vida adulta?

O adulto de hoje é o resultado daquela criança que passou por diversas experiências. E a sua forma de lidar com pessoas, a sua forma de construir relacionamentos afetivos tem muito a ver com a forma como você vivenciou a sua infância, principalmente quando você estava na tenra idade. 

Com a PNL estamos sempre buscando a causa-raiz das nossas escolhas, conscientes ou não. 

O que é que aconteceu lá no passado e o que é que você fez com isso que aconteceu que hoje gera todo esse medo, toda essa insegurança? O que faz com que, muitas vezes, você não se sinta muito confiante na forma de se posicionar nos seus relacionamentos e na vida?

Nós começamos a receber as programações dos nossos pais desde a vida uterina. 

Pais?! Sim, o pai também, na forma como se relaciona com a mãe, pode deixar registros.

No nosso DNA emocional nós trazemos muitos “imprints”, registros, muitas memórias emocionais que surgiram ainda na vida uterina.

Finalmente a criança chega e tem todo o espaço para ser quem ela é nos primeiros dias ou meses de vida. 

E é lindo, não é verdade? Tudo o que a criança faz é aplaudido, é celebrado: quando ela começa a engatinhar, a sentar, a dar os primeiros passos, tudo isso é celebrado. Dessa forma, a criança vai dando um “ok” para si mesma. “Ok”, eu posso existir. 

Mas, apesar de estar sendo educada com a melhor das intenções, esse modelo pode trazer algumas crenças que são limitantes, algumas programações que fazem com que ela se sinta muitas vezes inadequada, inapropriada. E ela pode levar isso por toda a vida.

Procura-se uma criança.

Esse foi o desafio que lancei no meu podcast “Priorize Você”, em que fiz uma série sobre Feridas Emocionais. 

A ideia era que os ouvintes procurassem se reencontrar com aquela criança desaparecida, que era leve, que era feliz, que se divertia com as coisas simples da vida. Uma criança que brincava horas com tampinhas de garrafa, que gostava de olhar as nuvens no céu, uma criança que ria, que pulava, que brincava e era alegre na maior parte do tempo, sem necessariamente ter um motivo aparente.

Essa criança é a nossa criança interior. 

Eu fico pensando quanto é importante a gente parar e atualizar a nossa mente. 

Quando não fazemos isso, é como se nós crescêssemos e o comportamento continuasse verde, imaturo, e aquela criancinha continuasse a reinar. 

Então temos dois tipos de comportamento: um que é consciente, você sabe que está agindo assim, você tem o controle, está acima do iceberg. E o comportamento onde estão esses registros, esses apegos. Um jeito de funcionar que nós criamos, muitas vezes motivados pelo medo, pela raiva. 

Só que desses comportamentos nós não temos consciência.

Como foi a sua primeira infância, como foi quando você ainda estava na vida uterina? 

Saber disso pode não mudar a sua vida agora, mas pode ser um primeiro momento para você ter autoconsciência, para você saber o que especificamente aconteceu que ainda está reverberando nesse seu jeito de ser. 

Muitas vezes, nós estamos trabalhando acima do iceberg sem perceber o modo como nós fomos modelados para viver. 

Então eu acredito que fui colocado numa forma e esse é o jeito que eu aprendi a ser. Só que essa forma pode estar nos impedindo de expandir, impedindo de ir além. Isso se reflete em todas as áreas da vida.

Que tipo de pessoas eu estou atraindo para a minha vida e que ainda é o reflexo daquilo que eu vivi na minha infância?

Muitas vezes nós vamos nos enrijecendo tanto, que criamos uma couraça. 

Assim, essa criança passa a ter pouco espaço na nossa vida.

Mas um trabalho de autoconhecimento nos ajuda a abrir espaço para essa nossa essência que é leve, que é amorosa, que é criativa e que é feliz!

 

Luíza Lopes é Master em PNL – Programação Neurolinguística – e diretora do INDESP.

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