Tão importante quanto alfabetizar intelectualmente uma criança, é alfabetizá-la emocionalmente.
A Alfabetização Emocional está associada a crianças mais gentis, carismáticas, resilientes e felizes.
Mas alfabetizar emocionalmente uma criança não é fácil.
Primeiro, porque ainda existe a crença de que meninos não devem expressar suas emoções, pois isso os torna muito fracos. A tendência é falarmos mais sobre experiências emocionais com as meninas.
Além disso, as crianças têm hoje menos oportunidades de interagirem no mundo real com outras pessoas, o pode prejudicar o aprendizado sobre as emoções.
Outro ponto importante diz respeito ao tempo que nós, adultos, passamos no celular ou na frente da TV. Quando em excesso, perdemos a conexão com elas e a chance de construir uma relação de confiança.
O mesmo acontece quando focamos apenas em nossos compromissos, deixando os filhos de lado.
E como, na prática, podemos contribuir com a Alfabetização Emocional da criança?
Especialista em parentalidade, a Americana, Michele Borba sugere 4 quatro passos:
1 – Conecte-se com seu filho em um nível emocional:
Supere as distrações e conecte-se intencionalmente e totalmente com seu filho. Todos os dias.
2 – Pare e sintonize:
Busque se colocar no lugar da criança para entender o que ela está sentindo.
3 – Olhe nos olhos:
Uma boa comunicação depende do contato visual, portanto, abaixe até a altura do seu filho para então falar com ele.
4 – Concentre-se nos sentimentos:
Ensine à criança a identificar suas próprias emoções desde cedo. Diga coisas como ‘estou vendo que você está frustrado’ ou ‘sei que você ficou bravo’.
Mostre a ela também como expressar o que sente, com afirmações do tipo: Eu me sinto ____ quando você ____.
A criança alfabetizada emocionalmente tem mais capacidade para reconhecer as próprias emoções e as dos outros.
Assim, ela conseguirá se relacionar de forma mais saudável consigo mesma e com as pessoas ao seu redor.
Luíza Lopes é Diretora do INDESP.