A gente normalmente não se prepara para grandes perdas. Mas se não existem fórmulas milagrosas para lidar com o luto, conhecer suas fases pode nos ajudar a passar melhor por ele.
E quais são as fases do luto?
A 1ª é a da Negação, quando a pessoa duvida do que aconteceu.
Na PNL aprendemos que cada comportamento tem uma intenção positiva para quem o pratica. Ou seja, a pessoa pode negar a realidade para se defender da dor que crê não suportar.
A 2ª Fase é a da Raiva.
O enlutado questiona Deus e se cobra pelo que supõe que deveria ter feito e não fez. Mas a intenção positiva por trás da raiva é o medo da solidão. Por outro lado, a energia da raiva pode trazer força.
Na 3ª Fase, da Barganha, o indivíduo julga haver alguma salvação, caso ele mude seu comportamento.
A intenção positiva da barganha é minimizar a culpa, com algo que poderia ser feito para evitar o fato. Mas a negociação interna sobre “como ser uma pessoa melhor” pode contribuir com o desenvolvimento de quem vive esse processo.
Já na Fase da Depressão vem percepção de que não há mais volta.
Impotência, desinteresse, melancolia, apatia e desânimo, além de momentos de choro, isolamento e a sensação de que a vida perdeu o sentido: é primordial entender que a fase da depressão não necessariamente se configura como uma patologia em si, mas como mais um passo a ser dado.
Finalmente na 5ª Fase, a da Aceitação, o sofrimento se torna um pouco mais suave.
O indivíduo procura então se conectar com a sua paz interior e seguir a vida. Isso não quer dizer que ficará bem o tempo todo, mas que aprenderá a conviver com a nova realidade, agora permanente.
Cada ser humano é único e pode passar pelas fases do luto de forma diferente.
Mas a Programação Neurolinguística nos convida a ressignificar alguns eventos. E um meio interessante para lidar com perdas pode ser acreditar que a pessoa amada continuará presente no coração e nas vidas daqueles que ela amou.
Luíza Lopes é Diretora do INDESP.